01/05/2020 às 22h43min - Atualizada em 01/05/2020 às 22h43min
Governo e Senado fecham acordo para congelar salários de todos os servidores públicos
Sindsjus/PI
O governo e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) chegaram a um acordo sobre as contrapartidas que serão exigidas no programa de socorro a estados e municípios por causa da pandemia do coronavírus. Ficou decidido que os servidores federais, estaduais e municipais terão seus salários congelados – isto é, sem qualquer reajuste – por 18 meses. O acordo precisa ser aprovado em Plenário.
Essa será a principal contrapartida do programa. A estimativa do presidente do Senado é que a União economize mais de R$ 60 bilhões com o congelamento dos salários, enquanto estados e municípios vão deixar de gastar entre R$ 60 e 70 bilhões. Ou seja, o impacto da medida será de uma economia total de cerca de R$ 130 bilhões para os cofres públicos ao longo de um ano e meia, cuja economia, conforme se pode perceber, será obtida à custa e sacrifício dos servidores públicos federais, estaduais e municipais.
O acordo sobre o congelamento de salário foi costurado na tarde de segunda-feira (27), em reunião entre Alcolumbre, líderes do Senado, o ministro Paulo Guedes e parte da equipe econômica.
Se depender do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, vários líderes daquela Casa e do Governo Federal, os servidores públicos brasileiros terão como presente alusivo ao dia dos trabalhadores o ônus pela compensação das perdas de estados e municípios com a pandemia causada pelo novo coronavírus.
Alcolumbre, que será relator do projeto (PL 149/2019) na Casa, informou que a votação deve ocorrer neste sábado (02) em sessão extraordinária.
Para o presidente do Sindsjus-PI, Carlos Eugênio de Sousa, “o presidente do Senado, líderes da Casa e o Governo se esqueceram de combinar o acordo com a outra parte - os servidores e seus legítimos representantes - os quais, seguramente, jamais aceitarão, passivamente, tamanho descalabro".