26/02/2016 às 20h07min - Atualizada em 26/02/2016 às 20h07min

Presidente do SINDSJUS e do TJPI se reúnem pela primeira vez após a deflagração da greve da categoria


O Presidente do SINDSJUS, Carlos Eugênio de Sousa, acompanhado de diretores da entidade, esteve ontem, 25, reunido com o Presidente do TJPI, Des. Raimundo Eufrásio Alves Filho.

A reunião, que foi a primeira após a deflagração da greve  dos servidores  e a segunda desde a apresentação da pauta da categoria para este ano de 2016, foi agendada e comandada pelo Excelentíssimo Senhor Dr. Norberto Campelo, conselheiro do Conselho Nacional de Justiça – CNJ, e ocorreu na tarde de ontem, 25, no gabinete do Presidente do Tribunal de Justiça.

Abrindo a reunião, o Excelentíssimo Senhor Conselheiro mencionou que tão logo tomou conhecimento, através dos jornais, da greve deflagrada pela categoria dos servidores do Judiciário piauiense, procurou Sua Excelência, o Presidente do TJPI, buscando abrir um canal de diálogo entre a categoria, através de seus representantes, e a Presidência do TJPI, com o fito de evitar uma greve no Judiciário piauiense, o que seria ruim para o Judiciário, servidores, advogados e o jurisdicionados, como um todo.

O Excelentíssimo Senhor Presidente do TPI afirmou que, de fato, havia dado por encerrado, de vez, qualquer canal de diálogo, debate ou sugestão pertinente à pauta de reivindicações dos servidores, haja vista que, como é do conhecimento de todos, a crise econômica e financeira porque passa o Piauí, o Brasil e o próprio Poder Judiciário piauiense, o qual está com as “vísceras de fora”, não lhe permitia apresentar proposta maior do que a que já fora apresentada aos servidores, e que, além do mais, a tentativa do SINDSJUS de inaugurar as discussões sobre o reajuste salarial da categoria era e é precipitada, pois a data-base da categoria é apenas no mês de maio, mas que diante do apelo de Sua Excelência, o Conselheiro Norberto Campelo, aceitou fazer novos exercícios e estudos com sua equipe econômica para discutir a possibilidade de apresentar uma nova proposta de reajuste nos subsídios.

Após essas assertivas do Presidente do TJPI, o Presidente do SINDSJUS, Carlos Eugênio, pediu a palavra e, em síntese, se manifestou dizendo que inicialmente, pedia venia a Suas Excelências, o Presidente do TJPI e o conselheiro do CNJ, e às demais pessoas presentes, para refutar as afirmações de Sua Excelência, Presidente do TJPI, posto que  a tentativa do SINDSJUS de inaugurar a discussão dos pleitos da categoria não tinha sido precipitado. Pelo contrário, a tentativa do SINDSJUS de inaugurar as discussões sobre a pauta de reivindicações da categoria para este ano de 2016 tinha sido mais do que oportuna, basta ver que na pauta constavam e constam pleitos de natureza orçamentária e financeira e, portanto, aquele era, sim, o momento oportuno para apresentação e discussão da pauta, ou seja, antes da aprovação da proposta orçamentária do Judiciário piauiense para este ano de 2016, mesmo porque, após o orçamento aprovado alguns daqueles pleitos poderiam ficar prejudicados

Continuando sua fala, o presidente do SINDSJUS pediu ao conselheiro que ficasse registrado que, desde a apresentação da pauta de reivindicações da categoria, ocorrida no dia 27 de agosto de 2015, o SINDSJUS vem tentando negociá-la com a Presidência do TJPI, mas Sua Excelência Presidente nunca aceitou ao menos discuti-la, aliás, tampouco recebia os representantes dos servidores para tal finalidade e que a pauta de reinvindicações não continha apenas pleitos referentes a questão orçamentária e financeira, decerto haver outros pleitos, tais como a compensação de horas e o desenlace dos imbróglios atinentes ao plantão judicial, o qual foi objeto de acordo firmado entre o TJPI e a categoria para, inclusive, dar cabo ao movimento paredista realizado no ano de 2015, mas, até o momento, não honrado em consequência de omissão da administração TJPI.

Retomando a palavra, o Presidente do TJPI afirmou que, mesmo diante dessas dificuldades, estava vendo a possibilidade de aumentar a proposta de reajuste dos subsídios em mais 1%, totalizando 6%, a proposta de reajuste nos subsídios; então, ato contínuo, o presidente do SINDSJUS se manifestou dizendo que como é do conhecimento de todos, as entidades sindicais não poderiam se manifestar no mérito da proposta, haja vista a greve deflagrada pela categoria, com início marcado para o próximo dia 29, mas por dever de lealdade esclarecia que, como dito acima, a proposta a ser apresentada deveria englobar toda a pauta de reinvindicações apresentada pela categoria, e não apenas o reajuste nos subsídios e nas verbas indenitárias, ainda assim, se essa proposta for formalizada a apresentará aos servidores.

Diante dessa manifestação do presidente do SINDSJUS, sua Excelência conselheiro se manifestou solicitando da Presidência do TJPI que lhe fosse apresentada a pauta de reinvindicações da categoria, a fim de que pudesse analisar e discutir com a administração e os representantes do servidores.

Em epílogo, o Senhor Presidente do TJPI mencionou que os dirigentes sindicais poderiam analisar com serenidade essa intenção de proposta de mais um por cento de reajuste nos subsídios e apresentar o posicionamento ao Conselheiro Norberto Campelo.


 
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